“Amor É Água Que Corre no CCB” de Maria Adelina Amorim
by on February 2, 2016 in Clipping

 

Um estar no palco como se tivesse nascido nele. Assim. Um estar na sala de estar. Onde sempre esteve. Um homem-menino, uma voz e uma viola. A serenidade tranquila das canções-fado que envolvem o auditório e convocam memórias, invocam sentidos, provocam emoções. E o Marco a conclamar-nos a todos – e eram muitos, auditório cheio – à harmonia de um canto doce e suave. E o palco a transbordar de música e palavra cantada, cheia. E ele ali, na quase inocência da sua presença. Que enche tanto. Preenche tanto.

Voámos com as tuas gaivotas, zarpámos com o teu navio, caminhámos na Cidade Eterna (Lisboa nossa), fomos cravo de São João, Maria & amor. Também Saudade, onde todos os navios morrem. Renascidos contigo e com os teus músicos, Ontem. OBRIGADA menino d’oiro, como te chamou o Mestre Chaínho que te foi ver e ouvir. E me disse, “não podemos perder este menino”. Acho que falou por todos nós. Assim o sinto. Sentimos.

 

Maria Adelina Amorim, 16 de Janeiro de 2016

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